Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?
Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra YHWH e contra o seu ungido, dizendo:
Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.
Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará.
Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.
Proclamarei o decreto: YHWH me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.
Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.
Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.
Servi a YHWH com temor, e alegrai-vos com tremor.
Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.
Rebelião! Desde o começo da história da humanidade, essa palavra assumiu lugar de primazia. Somos rebeldes, isso está em nosso DNA. Mas rebeldes contra quem? Essencialmente contra Deus!
Esse salmo nos leva a um cenário internacional. Parece cena de um filme épico. O Salmista nos convida a viajar no tempo, para uma época onde reis e príncipes dominavam o mundo. Nações e povos que juntam suas forças em conspiração contra o Grande Rei. Um conhavo internacional cujo objetivo é derrubar o Ungido, Aquele escolhido pelo Grande Rei para governar todo o mundo. Ninguém queria se submeter ao reinado do Ungido, e por isso, todos se rebelaram contra Ele.
Porém, insatisfeito com o governo justo do Grande Rei, as nações vizinhas começaram a se mobilizar. Embaixadores e emissários internacionais começaram a circular entre as fronteiras carregando consigo cartas e telegramas diplomáticos. O teor desses comunicados era um só: derrubar o Grande Rei, destituir Seu herdeiro e tomar posse de Seu reino. Os povos queriam sua independência. Não queriam mais o governo do Grande Rei. Agora todos queriam conduzir e levar suas vidas de acordo com suas vontades. "Esse negócio de servir o Grande Rei é furada!, Vamos e façamos tudo conforme a nossa vontade. Decretemos independência".
Mas o Grande Rei, que sabe de todas as coisas, olhando para todo aquele esquema, ri. Ele acha engraçado. O Grande Rei chega a zombar de todos aqueles que estavam se rebelando contra o Seu Escolhido. "Coitados, eles não sabem nem o que estão fazendo e nem com Quem estão lidando!". Basta um sopro, basta uma palavra, para que os rebeldes sejam varridos da face da terra...
O Grande Rei vira-se para o Seu Escolhido, que afinal era o seu Filho, e lhe diz: "É só você podir, que te darei tudo! Colocarei em tuas mãos o controle de todas as coisas! Você julgará a todos e estabelecerá a minha vontade. Você quebrará eles, assim como se quebra uma peça de barro. Ninguém poderá te superar, afinal, te dei todo o poder".
O Grande Rei convocou seus súditos, e em uma aparição solene, reafirma a autoridade de seu Escolhido: “Esse é meu Filho! Ele é Rei, é quem manda!”.
Os conselheiros reais preparam apressadamente mensagens enviadas a todos os cantos da terra, destinados a todos os povos rebeldes (o Grande Rei era justo e gracioso, assim, ele queria dar uma última chance aos povos rebeldes, a porta para eles se redimirem estava aberta): “Submetam-se ao Rei-Escolhido, sirvam a Ele, honrem-no. Do contrário, todos vocês serão julgados e destruídos! Aqueles que confiarem no Rei-Escolhido, esses sim, desfrutarão da minha graça e serão felizes”.
Como será que a história acabou?
O salmo nos leva a imaginar até aqui. Parece que o salmista não terminou sua poesia. Não terminou porque a história ainda não terminou. Todos nós estamos vivendo nesse momento em que essa carta emissária está sendo enviada a todas as pessoas. Mas um dia, o Grande-Rei enviará Seu Filho para terminar de submeter todas as coisas sob Sua Vontade. Até lá, o Grande Rei está enviado sua carta: “Beijai o filho, para que não se ire”. Honrem-no!
Você é de que reino? Quem é o seu Rei? Você faz parte do Reino do Escolhido, ou do Reino dos Rebeldes?
